Hoda se descobre grávida. A maternidade involuntária da refugiada iraniana, em exílio na Alemanha, a leva a fabular desejos. A mãe e o companheiro não compreendem plenamente o pensar-gozar de uma mulher que reivindica um corpo considerado quase santo e milagroso como território de reflexão do Eros, impulso fundador e renegado da vida. Mesmo assim, Hoda insiste em expandir e dilatar perguntas com os dedos. O tesão cotidiano é a origem do mundo. (Juliana Gusman)