Entre free jazz e espiritualidade afro-americana, fragmentos de arquivo performam uma resistência ritual à histórica criminalização do êxtase negro. A materialidade da película se torna superfície de embate aos mecanismos de controle que silenciam e encarceram. Em distorções e rupturas rítmicas e ópticas, a imagem vibra e se rebela como um corpo insurgente, em um êxtase que escapa às próprias convenções do aparato cinematográfico. (Vanessa Santos)